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Foto do escritorRoberson Klug

Destino e Liberdade: Diálogo Entre Um Estoico e Um Existencialista

Atualizado: 26 de nov. de 2023



estrada vazia que simboliza o nosso destino

O estoicismo e o existencialismo são duas correntes filosóficas que se diferenciam em alguns aspectos, mas também apresentam semelhanças.


O estoicismo, surgido na Grécia Antiga, defende que o mundo é governado por uma ordem natural e racional. Os estoicos acreditam que a felicidade é alcançada através da acessibilidade dessa ordem e da prática da virtude.


As principais características do estoicismo são:

  • A liberdade do que está fora do nosso controle: os estoicos acreditam que devemos nos concentrar no que podemos controlar, que é nossa própria mente e nossas ações.

  • A prática da virtude: os estoicos acreditam que as virtudes, como a coragem, a justiça, a sabedoria e a temperança, são essenciais para uma vida feliz.

  • A autossuficiência: os estoicos acreditam que são autossuficientes e não dependem de fatores externos para nossa felicidade.


foto do filósofo jean-paul sartre
Jean-Paul Sartre

O existencialismo, surgido no século XX, defende que o ser humano é livre e responsável por suas próprias escolhas. Os existencialistas acreditam que o sentido da vida é criado pelo próprio indivíduo.



As principais características do existencialismo são:

  • A liberdade: os existencialistas acreditam que o ser humano é livre para fazer suas próprias escolhas.

  • A responsabilidade: os existencialistas acreditam que o ser humano é responsável por suas próprias escolhas.

  • O absurdo: os existencialistas acreditam que o mundo é um lugar absurdamente caótico e que o ser humano deve encontrar um sentido para sua vida em meio a esse absurdo.











O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós. Jean-Paul Sartre

O existencialismo não é um deleite lamentável, mas uma filosofia humanista de ação, esforço, combate e solidariedade. O homem deve criar sua própria essência: é ao se jogar no mundo, sofrendo ali, lutando ali, que gradualmente define o que esse homem é antes de morrer, ou o que a humanidade é antes de desaparecer. Jean-Paul Sartre

Apesar das diferenças, o estoicismo e o existencialismo apresentam alguns pontos em comum, como a importância da liberdade e da responsabilidade individual.


Para usarmos a imaginação e, com base nos breves conceitos acima, vamos simular um diálogo entre um um filósofo estoico e um existencialista, sobre o tema que dá título a este texto. É uma maneira divertida e visual de entendermos os diferentes posicionamentos diante da vida que podemos ter e, desta forma, vermos o que faz mais sentido para nós.


 

DIÁLOGO ENTRE O ESTOICO E O EXISTENCIALISTA


Filósofo Estoico (FE): O destino, um conceito tão debatido. Você, existencialista, acredita que nossas vidas estão predestinadas, ou somos os arquitetos de nosso próprio destino?


Existencialista (EX): Ah, a questão do destino. Acredito que a existência precede a essência. Não somos moldados por um plano divino predefinido, mas sim construímos nossa própria essência ao longo da vida. E você, estoico, como enxerga a ideia do destino?


FE: Para nós, estoicos, há uma ordem natural no universo, uma espécie de destino cósmico. Contudo, acreditamos que temos controle sobre nossas respostas às circunstâncias. Somos como atores em uma peça, desempenhando nosso papel no grande espetáculo da vida. O que pensa sobre a liberdade, existencialista?


EX: A liberdade é a essência da existência para nós. Não estamos vinculados a um script cósmico. Cada escolha que fazemos molda nossa essência. Mas diga-me, filósofo estoico, como concilia a ideia de aceitação do destino com a liberdade?


FE: Aceitar não significa resignar-se passivamente, mas abraçar as circunstâncias com serenidade e agir de acordo com nossa natureza racional. A liberdade, para nós, está na escolha de como respondemos ao que nos é destinado. E quanto à responsabilidade, existencialista, como a encara?


EX: A responsabilidade é a sombra da liberdade. Somos responsáveis por nossas escolhas, pois moldam nossa essência. O peso da responsabilidade é o preço da liberdade. Mas, caro estoico, acredita que podemos transcender nosso destino?


FE: Em parte, sim. Podemos transcender ao escolher viver de acordo com a virtude, independentemente das circunstâncias. Mas há limites para o que controlamos. A harmonia está em aceitar o que não podemos mudar e agir com sabedoria no que podemos. E para você, existencialista, a vida tem algum significado intrínseco?


EX: O significado da vida é uma construção individual. Não há um propósito universal, cabe a cada um criar seu próprio sentido. A existência precede a essência, e somos livres para atribuir significado à nossa jornada. E você, filósofo estoico, qual é o propósito da vida para você?


FE: O propósito está em viver de acordo com a razão, em busca da virtude. Contribuir para o bem comum e agir com sabedoria diante das vicissitudes. O sentido está na jornada ética, na construção de um caráter virtuoso. Encontramos nosso propósito na conformidade com a ordem natural do universo.


E assim, o diálogo entre estes dois filósofos, cada um trazendo sua perspectiva única, continua a explorar as profundezas da existência, do destino e da liberdade.

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